No próximo dia 29 de agosto chega às salas de cinema a nova comédia da Downtown Filmes, “O amor dá trabalho”. O longa conta com a direção de Alê McHaddo, e tem como protagonista o ator Leandro Hassum, interpretando o preguiçoso Ancelmo.

Um funcionário descompromissado com o trabalho, e ainda por cima malandro, Ancelmo acaba morrendo em seu ambiente profissional e termina preso no limbo. Por nunca ter ajudado ninguém, precisa fazer uma boa ação e garantir seu lugar no céu, sendo assim ele recebe a missão de bancar o cupido, e unir um homem (Bruno Garcia) e uma mulher (Flávia Alessandra), que estão separados há 12 anos.

Agora com superpoderes e regras para respeitar, o protagonista volta pra Terra como fantasma, e descobre o quão trabalhoso vai ser para juntar esse casal.

 

Após os cinco primeiros minutos de filme o longa não se mostra inovador, e segue o mesmo estilo dos projetos anteriores com o Leandro Hassum, que algumas vezes parece interpretar o mesmo personagem, porém em situações distintas.

Neste primeiro ato já é possível identificar os clichês, e que com certeza não é uma recriação das comédias nacionais, o que também não é um problema, pois por mais que passe o tempo, é um método que continua dando certo e agradando o público fã de comédia. Temos por exemplo a loira rica, interpretada pela Monique Alfradique, que é fútil e desprovida de inteligência, além de não perder a oportunidade de usar ao menos uma palavra em inglês a cada frase dita. Ou também o homossexual estereotipado com falas rápidas de alívio cômico.

Tudo isso funciona, não tem como negar, e o elenco está muito bem em seus respectivos papéis, a química entre eles é nítida. Mas é no segundo ato que a narrativa se torna mais interessante, é quando diversas situações são engraçadas, principalmente pela performance de Hassum como Ancelmo ao utilizar seus poderes, que faz lembrar bastante o Jim Carrey no filme “Todo Poderoso”. A cena em que ele manipula as mensagens de texto trocadas pelo casal é hilária. Toda cabine de imprensa não se aguentou e caiu na gargalhada.

Outro momento muito bacana do filme ocorre em uma sala onde vários deuses e personagens celestiais estão reunidos, como por exemplo, Odin (Falcão), Nossa Senhora (Maria Clara Gueiros), Xangô (Sérgio Loroza), Thor (Bruno Sutter), Athena (Dani Calabresa), São Pedro (Paulinho Serra), Iansã (Ludmilla), Domingos (Marcello Airoldi), Buda (Marco Zenni), e Jesus Cristo (Murilo Couto). É naquele ambiente que eles analisam os métodos utilizados de Ancelmo para cumprir a missão, e se ele é merecedor ou não de ir para o céu.

O terceiro ato é satisfatório, mas não perfeito. Embora tenha um plot twist bem tramado, algumas pontas eram previsíveis, e o final chegou forçar um pouco também, mas nada que estrague a experiência. “O Amor dá trabalho”, como já dito, não foge dos clichês básicos, mas ainda assim tem um tom agradável, momentos de muita diversão e improviso, tudo dentro de um roteiro que não apela de forma irritante, ou que se desesperada pra arrancar gargalhadas.

 

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