Precisamos falar sobre a série ‘Siempre Bruja’ da Netflix
Amores proibidos, jovens envolvidos em algo relacionado ao mundo fantástico, e cenário escolar não é uma premissa muito inovadora, mas quem disse que o clichê é necessariamente ruim?
‘Siempre Bruja’, ou na tradução livre, Sempre Bruxa, é uma das mais recentes produções originais Netflix, sendo esta a sua segunda produção de nacionalidade colombiana, e que vem com essas características, somadas com mistério, empoderamento feminino, romance e laços de amizade.
A série conta a história da jovem bruxa e escrava Carmen, de 17 anos. Ela vive na Colômbia do século dezessete, e com a ajuda de um feiticeiro, ela viaja no tempo para escapar de ser queimada na fogueira. Com um grande salto no tempo, ela vem para o ano de 2019 e precisa recomeçar a vida, além de cumprir uma missão muito importante, mas é aquela coisa, uma vez bruxa, sempre bruxa.
A magia aqui serve mais como plano de fundo para falar sobre o fortalecimento das lutas de mulheres em um mundo predominante machista, porém tudo é contado de uma maneira leve e humorada, já que é uma história voltada ao público teen.
Para viver a protagonista, foi escalada a atriz Angely Gaviria. Ela possui carisma e consegue fazer com que tenhamos curiosidade sobre o que a personagem vai apresentar a cada episódio, aliás, vale ressaltar que a série sabe como nos manter grudados diante da tela, pois a cada término de um capítulo, é deixado um convite para que a gente tenha interesse de ver a sequencia naquele mesmo instante.
Adaptado do livro do ‘Yo, bruja’ de Isidora Chancón pela Ana Maria Parra, ela falha um pouco pela quantidade de apelação em pontos comerciais como citei, sendo um deles o amor proibido de uma personagem pobre por um rapaz nobre, entre outros. O enredo não se preocupa muito em contextualizar algumas questões de determinados personagens, dando a sensação de querer entregar o desfecho de modo muito acelerado, deixando alguns eventos sem a atenção devida.
Claro que há muitos pontos positivos para que a maratona da série seja feita, como por exemplo, desfrutar da beleza que está em sua cenografia. As paisagens das locações históricas e praias paradisíacas de Cartagena é algo fascinante. Outra razão para apreciar a obra, é o fato de que esta bruxa é uma das poucas representantes latino-americana em meio de um drama místico jovem, com questões relacionadas ao racismo, por exemplo.
Com apenas dez capítulos com menos de uma hora de duração, é uma produção bem simples, sem muita excelência, mas com boas lições de igualdade, respeito e compreensão para assistir em uma tarde a toa.
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Formado em jornalismo, amante de séries e filmes. Ouvinte de música latina e sertaneja. Pacífico e observador.