Resenha de Deadpool 2, para quem não viu ainda

“O filme mais família do ano.”
A sequência para o filme do Mercenário Tagarela está se saindo muito bem nas bilheterias. Deadpool 2 já arrecadou mais de US$500 milhões mundialmente, mantendo-se à frente de Han Solo: Uma história Star Wars e Vingadores: Guerra Infinita.
Caso ainda não tenha assistido e precisa de um incentivo, aqui está uma breve análise sobre o longa estrelado por Ryan Reynolds.
Nessa continuação, após um acontecimento mudar completamente sua vida, o mercenário Wade Wilson (Reynolds), precisa se unir a velhos e novos aliados para salvar um jovem mutante do destino que o aguarda – tudo isso sem perder a oportunidade de quebrar a quarta parede e mandar um olá para o Wolverine.
No primeiro filme, Wilson, ex-membro das Forças Especiais que faz bicos como mercenário, participa de um experimento secreto na esperança de curar seu câncer e ganha a habilidade de se curar de quaisquer ferimentos. Inicialmente, ele se recusa a entrar para os X-Men e a se chamar de “herói”, mas as circunstâncias e o sequestro de sua namorada Vanessa (Morena Baccarin) o obrigam a vestir a fantasia e enfrentar alguns “caras maus”.
Embora mantenha o tom humorístico, Deadpool 2 tem um ar mais sombrio que seu predecessor. O niilismo e a morte são temáticas do filme, e por vezes a quebra da quarta parede serve como forma do personagem principal expressar seu desgosto pelos responsáveis pelas tragédias que acontecem ao longo da trama – no caso, os autores do filme. Também entramos um pouco mais fundo nesse mundo, e observamos a situação em que os mutantes vivem numa sociedade que preferia que eles não existissem. Nesse aspecto, faz alusão a Logan (2017), cujo enredo se passa algumas décadas no futuro.
Isso não tira o foco das piadas, entretanto. Pelo contrário: Deadpool 2 consegue tirar sarro de seus momentos mais pesados, garantindo risos do início ao fim. Muito da comédia se baseia na metalinguagem, que nesse filme atingiu um outro nível, chegando a apontar desde as convenções do gênero até falhas na estrutura narrativa. A cena pós-créditos, marca registrada de produções da Marvel, vale cada segundo de espera e é provavelmente a melhor já feita. Porém, numa análise muito rigorosa, o roteiro deixa a desejar em alguns momentos, que são um tanto forçados e podem incomodar.
O filme conta com muito mais personagens, o que significa mais terreno para Reynolds despejar piadas e referências a cultura pop. Temos a volta dos X-men Negasonic Teenage Warhead (Brianna Hildebrand) e Colossus (Stefan Kapičić), cuja relação com Wade ganha mais destaque dessa vez. Do novo elenco se destacam: Cable (Josh Brolin), personagem muito aguardado, cuja aparição foi antecipada pelos trailers, merchandising e pela cena pós-créditos do primeiro filme; Russel (Julian Dennison), um garoto mutante de 14 anos; e Dominó (Zazie Beetz), personagem carismática que entra para o time dos “mocinhos” e é uma excelente adição ao grupo.
Um ponto a destacar é a representatividade. A inclusão de um casal LGBT (o longa é o primeiro filme de super-heróis a realizar esse feito), juntamente com a diversidade no elenco representam um progresso para filmes de grande orçamento, em especial filmes de super-herói, que dominam o mercado atualmente. O tema da representatividade também é abordado no filme, em forma de piadas e comentários feitos pelos personagens. Deadpool (2016) já havia recebido comentários positivas sobre a representação de suas personagens femininas.
Portanto, Deadpool 2 é um prato cheio para fãs de Deadpool, e chega a superar a produção original em muitos aspectos. Os pontos negativos não são o suficiente para prejudicar o panorama geral. Vale a pena ser visto na sala de cinema, pois é uma experiência única.
A classificação indicativa de Deadpool 2 é 16 anos. Espere ver muita comédia, ação, violência extrema e teor sexual bizarro em doses ainda maiores.
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