IZA, conhecida em 2016 após ser contratada pela gravadora Warner Music. Seu hit mais famoso é “Pesadão” em parceria com Marcelo Falcão, que atualmente soma mais de 60 milhões de plays apenas na plataforma digital do Spotify. Em 2018, a cantora e compositora foi indicada ao Grammy Latino pelo seu álbum de estreia intitulado “Dona de Mim”.

Confira abaixo a entrevista completa de IZA para o Latinos Brasil

LB: Seu primeiro álbum estreou com várias músicas nos virais do Brasil. Como foi possível abranger todas as músicas e divulgar um álbum com tanta qualidade, ainda mais sendo seu primeiro álbum?

IZA: A gente trabalhou nesse álbum por um ano e meio e ele é o retrato de muita pesquisa e dedicação. Quando começamos a criar, eu quis colocar tudo o que mais gosto de cantar. Tem hip hop, capoeira, pop, R&B, jazz, blues, rap, um pouco de samba. Eu queria falar sobre black music. E mesmo ele sendo tão diverso, acredito que ele ainda é black music.

LB: Durante os shows de Camila Cabello aqui no Brasil, vimos que ela tuítou sobre você no seu show de abertura, vocês tiveram algum contato direto?

IZA: Não deu tempo, infelizmente nos desencontramos nos bastidores. Mas fiquei super feliz dela ter tuítado e claro, sou fã dela.

LB: Soubemos também da possível parceria com Bruno Martini, é uma possibilidade de desbravar novos seguimentos da música?

IZA: Já tenho algumas coisas muito legais engatilhadas, mas tudo surpresa. Tem música nova até o meio de abril.

Iza no Grammy Latino 2018 (Foto: Getty Images)

LB:Como foi ser indicada pela primeira vez ao Grammy pelo álbum Dona de Mim? E como a visibilidade dessa premiação influenciou em seus novos planos para esse ano de 2019?

IZA: Eu fiquei chocada quando recebi a notícia, acho que até agora estou sem acreditar. É uma coisa muito grande, é a maior instituição e premiação da música. Eu não esperava, de verdade, que isso fosse acontecer com meu primeiro trabalho, mas fiquei feliz demais. As pessoas dizem que é muito clichê dizer que fiquei feliz só por ser indicada, mas é isso. Eu concorri com Erasmo Carlos, meu Deus!! Quando eu imaginei que isso ia acontecer?! Estou muito lisonjeada e grata por tudo o que vem acontecendo comigo, isso só me dá mais forças para seguir meu trabalho, pensar em novas parcerias, trabalhar, trabalhar e trabalhar.

LB: Um fato curioso notado durante 2018: você ter entrado no Top 20 do Itunes em Luxemburgo. Te surpreendeu? Como foi para você receber essa notícia?

IZA: Eu me surpreendo para o bem com tantas notícias. Tocar fora é um sonho.

LB: Sobre a parceria com o Caetano Veloso, como foi trabalhar com uma pessoa que é um símbolo da musica nacional?

IZA: Foi inacreditável pra mim gravar com um ídolo. Eu nem sei explicar como foi estar ao lado de um artista que representa tanto para o Brasil. Foi uma realização profissional, sem dúvida.

LB: Com a globalização da música através da tecnologia e plataformas digitais, você acha que os artistas brasileiros estão sendo cada vez mais visados internacionalmente? Como você vê a crescente da música brasileira internacionalmente?

IZA: Eu acho lindo a nossa música alçar vôos ainda maiores. A música brasileira sempre foi muito bem vista lá fora. Mas claro, com a tecnologia, fica ainda mais acessível e nossa música é muito rica.

Créditos: Divulgação

LB: Bom, o Latinos Brasil é um portal voltado à música brasileira e em espanhol. Entrando nessa pauta da música latina: IZA e Piso 21, podemos aguardar essa colaboração? O que seus fãs podem esperar dessa parceria?

IZA: Ambos estamos com as agendas apertadas, mas é uma intenção sim.

LB: Além de Piso 21, tem algum artista latino que te inspira e você escuta bastante?

IZA: Muita gente me inspira. Ouço muita coisa, mas Donna Summer, Nina Simone, Elza Soares, Rihanna, Beyoncé são mulheres que me inspiram.

Foto: @sampaiogabryel

LB: Você sempre foi citada como a cantora pop brasileira com uma grande qualidade, pela desenvoltura das letras e os temas que você aborda em suas canções. Como você mede a importância da representatividade e o repasse de conteúdo para o seu público, mesmo que seja em uma certa forma de entretenimento?

IZA: Eu não abordo esses temas propositalmente, são coisas que fazem parte da minha vivência, do meu ponto de vista, e fico feliz em saber que a forma como eu penso também faz parte da vivência de outras pessoas. Acho que a gente só entende o papel que tem na vida de uma pessoa, quando ela nos retorna as vivências dela com a nossa música, as experiências que tiveram lendo uma entrevista nossa ou o que sentiram quando nos viram na TV. Tem sido especial demais saber que muita gente me vê como representante, me sinto lisonjeada nessa posição.

Confira “Divino Maravilhoso”, parceria entre IZA e Caetano Veloso:

Entrevista por: Lara Cunha
Colaborador de Pauta: Weber Queiroz