Liliane, a filha de professora mais conhecida como Negra Li voltou aos palcos depois de um hiato de quase três anos  para refletir sobre sua carreira e também devido a pandemia.

A cantora se mostrou muito feliz no show realizado na noite da última quinta-feira no SESC Bom Retiro juntamente com o público que já estava com saudade de sua arte.

No mesmo dia, foi o aniversário de sua filha, Sofia que completou 13 anos de idade.

Negra Li e sua filha Sofia em Orlando na Disney – Foto: Instagram @negrali

O Latinos Brasil aproveitou pra conversar com a artista:

  1. Já são 24 anos de carreira cantando e também atuando, o que podemos esperar desse novo álbum? Tem parcerias?

 “Com certeza! É a revanche, já participei tanto e agora é a hora de chamar a galera!” brinca Negra Li.

Assim como lancei no ano passado “Eu preciso ir” com o Ferrugem e esse ano Malagueta com o Rincon, teremos novas parcerias, mas não posso dar nenhum spoiler!

É um privilégio ter esse cuidado e esse tempo de ir por um caminho desacelerado, eu iria lançar o álbum no ano passado e escolhi ir com mais calma.

” Tirando todo o lado negativo, a pandemia  trouxe e humanizou esse tempo de parar e visualizar o que realmente queremos com mais calma e isso é ótimo”

O que posso falar é de ser muito bom poder juntar os públicos e eu gostaria de fazer parcerias com artistas de vários estilos.

Foto: Guilherme Franulovic 

“Já tenho uma parceria gravada que vocês vão adorar!” diz Negra Li.

2.  Uma de suas inspirações é a Lauryn Hill, você pensa em parcerias internacionais?

“Anitta é uma das artistas que provou que é possível ter essa conexão e o mundo ficou pequeno! Estou achando incrível ver nossas cantoras se aproximando de algo que antes parecia distante” 

3. Como foi a sensação de cantar no Rock in Rio com o Skank? Deu um frio na barriga de ver aquele mar de gente?

“Eu fiquei muito feliz pela oportunidade porque foi o maior público que eu já cantei na minha vida e ainda me deram cachê, teria ido de graça” brinca Negra Li.

Negra Li:  Cantar com o Skank foi uma das participações incríveis que eu tive de aprendizado pelo profissionalismo deles, porque eu não fui lá só pra cantar uma música, o Fernando, empresário sempre lembrava de mim, ele e a banda são pessoas que não só exploraram a minha a voz, como também me deram a oportunidade de crescer.

4. Atualmente se fala muito de representatividade, tema que não era muito citado há anos atrás, você sente essa diferença?

Negra Li: Era muito triste e solitário no início e eu sempre quis que o mercado estivesse de uma forma mais plural, então ver hoje a Iza, Karol Conká, Ludmilla, Mc Soffia, Marvilla e a Rebecca fazendo sucesso é muito legal!

Atualmente o nicho de mulheres pretas que cantam é maior, vem mais publicidade e uma ajuda a outra! Antes era muito difícil estar sozinha, não tinha graça nenhuma” diz Negra Li.

Está acontecendo como eu sempre sonhei e me sinto mais à vontade com o mercado atual, é um lugar que também é meu!

5. Pra finalizar, você gosta de ser inspiração para as artistas mais novas?

Negra Li: Eu já fugi desse rótulo por medo de um peso ou cobrança, mas hoje entendo e só sinto honra e fico muito feliz com a história que eu escrevi na minha vida que é linda!

Só tenho do que me orgulhar! 🙂

 

Artigo feito em colaboração com o jornalista Guilherme Franulovic