Fãs da série Elite podem se deleitar e fazer aquela maratona, pois mais uma temporada da trama acaba de ser disponibilizada na Netflix, e embora ela sofra uma pequena perda em seu potencial, o segundo ano da produção se faz útil e relevante.

Com o retorno dos alunos do colégio Las Encinas, os personagens tentam seguir em frente após a morte de Marina (Maria Pedraza). Samuel (Itzán Escamilla) está disposto a fazer tudo para provar a inocência do irmão, que foi preso acusado de ter assassinato a garota de 16 anos.

(Divulgação Netflix)

O formato da série continua com a mesma estrutura, onde o telespectador acompanha a maior parte da história por meio de Flashbacks, para que só no último episódio o foco seja o presente, e assim concluir a narrativa. Agora com mais agilidade, a história não precisa se arrastar para apresentar os personagens que já são conhecidos do grande público, porém faltou explorar um pouco mais de alguns deles.

O melhor desenvolvimento ficou mesmo com Guzman (Miguel Bernardeau), que inclusive evolui muito, seguido por Carla (Ester Expósito), Ander (Arón Piper), e Nádia (Mina El Hammani). E engana-se quem achou que não teríamos gente nova para conhecer. Foram inclusos três novos personagens, o Valério (Jorge Lopez), que tem um arco polêmico junto com Lucrécia (Danna Paola), a Rebeca (Claudia Salas), que é a mais divertida e moderna, e que aos poucos mostra sua vulnerabilidade, e por fim Cayetana (Gergina Amorós), a mais sem graça da leva, mas que ganhará importância nos momentos decisivos da temporada.

O pouco tempo de tela de Christian (Miguel Herrán) e Nano (Jaime Lorente) incomodam um pouco, principalmente com o Christian, que embora seja mencionado algumas vezes, foi totalmente deixado de lado, como se nunca tivesse tido relevância na temporada anterior, o que não é verdade. Provavelmente a ausência deles foram por conta dos compromissos de seus interpretes com as gravações da terceira parte de La Casa de Papel.

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Visando em continuar com novos mistérios policiais, temos agora novos interesses para ocultar mentiras, somas de dinheiro, e o desaparecimento de um dos personagens. Embora tenha apenas 8 episódios, acredito que deviam ter encurtado o tempo de duração. O bom é que no final de todos eles, sempre acontece algo para despertar nossa curiosidade servindo de convite para avançar mais um.

A questão de sexualidade na trama me pareceu claro a  falta de interesse dos roteiristas em dar profundidade, digamos que usam apenas como um artifício de fidelidade com público adolescente, para dar a eles o agrado de cenas com seus casais favoritos, pré estabelecidos na primeira temporada, além de adicionar mais um bem inesperado, que na minha concepção teve zero por cento de química.

A fotografia de Elite tem melhorado muito, imagens bem tingidas, neons e luzes estroboscópicas,  principalmente nas festas que rolam neste segundo ano. Sim, somos convidados a mais de um evento na trama, onde muitas turbulências acontecem.

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Fazendo agora uma geral, essa nova leva de episódios demonstrou menos interesse em tentar debater o elitismo sobre o ambiente escolar que retrata, sendo assim, as diferenças de classe sociais, que marcaram o primeiro ano da trama, foram lembradas ocasionalmente, dando mais atenção ao melodrama e as chamativas sequenciais. O acerto ficou mais por conta do texto trazer o incômodo sobre moralidade, segundas chances, e retratar tudo isso de forma natural e sem sensacionalismo.

O último episódio não decepciona, além de ser muito objetivo, há boas revelações e um arco fica aberto para a terceira temporada, já confirmada pela Netflix.  Mas e aí, já fez a maratona da série? Então nos conte o que achou.

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