“Meu Funeral” fala sobre seu novo EP, inspirações e mais, confira!
A banda carioca de punk rock Meu Funeral está de volta! Desta vez, com o lançamento do mais novo EP, “Tropicore Hardcal”. Com quatro faixas inéditas, o projeto já está disponível em todas as plataformas digitais. Gravado no Rio de Janeiro, o EP conta com faixa que leva o nome do grupo e que sintetiza todo o compilado.
Em maio do ano passado, o grupo lançou seu álbum de estreia, “MODO FUFU”, com oito faixas. Considerado um álbum de personalidade forte, o disco mesclou irreverência, revolta, muito punk, doses precisas de amor e muito bom-humor. No repertório, está o famoso single “94”, uma divertida faixa que faz alusão ao ano de 1994 e à Copa do Mundo da época. A música conta a história de um casal e suas particularidades, os comparando à dupla de ataque da Seleção Brasileira de Futebol da época, Bebeto e Romário. Logo depois, eles lançaram o álbum “MODO FUFU AO VIVO” e também disponibilizaram o remix de “Dançar”, a divertida parceria com a funkeira Tati Quebra Barraco, presente no repertório do projeto.
De lá para cá, eles lançaram alguns singles, como “Um Brinde ao Início do Fim” e “Então é Natal”. Com o novo EP, “Tropicore Hardcal”, a banda pretende viajar para os diferentes cantos do Brasil para apresentações ao vivo.
Sobre a banda
Formada por Luquita (voz, guitarra), Pepe (guitarra, backing vocal), Dan (baixo, backing vocal) e Tent (bateria e coreografias), a banda Meu Funeral já é uma das revelações da cena rock nacional. Com críticas sociais ácidas, atuais, e pertinentes, o trio usa toda sua criatividade e originalidade nas suas letras para colocar o dedo na ferida, doa a quem doer. As músicas do Meu Funeral, recheadas de power acordes, bem característicos do punk e do hardcore, seguem conquistando fãs por todo o país e adeptos ao estilo “do it yourself” do grupo.
Confira a entrevista na íntegra!
LB: Por que o nome “Meu Funeral”?
Meu Funeral: A música deu origem ao nome da banda. A gente estava procurando o nome, essa canção existe a bastante tempo, nós guardamos ela no potinho até agora, esse é o motivo. Era um nome que tinha tudo a ver, meio agressivo e ao mesmo tempo engraçado, o nome assusta demais, mas deu certo! Todo mundo ficou meio apavorado de cara, pensaram que fosse um banda de Black Metal, mas depois de ver a gente todo bobalhão e depois do clipe que estamos lançando, vai ficar menos assustador ainda.
LB: Conta para a gente sobre o processo da seleção das músicas e até o nome que leva o EP?
Meu Funeral: A gente escuta muito NOFX (banda californiana de Punk Rock), eles fazem muitos trocadilhos nos discos deles, e a gente queria algo parecido, nós temos essa coisa do tropical hardcore. Gostamos de falar hardcore tropical d não “Tropicore Hardcal” para fazer esse trocadilho, foi essa a ideia. Nesse EP, as seleções de músicas nós estávamos gravando desde 2019.
LB: Antes da pandemia?
Meu Funeral: Isso, começamos a gravar antes da pandemia, fomos contratados pela gravadora Universal Music, e foi lançando o material aos poucos. O primeiro foi “Modo Fufu”, primeiro punhado das músicas que fomos lançando e esse agora é o final do ciclo, que vem com o “Meu Funeral” puxando esse Ep. É uma música muito importante para nós, tem algumas mais sérias e algumas que faz críticas ao cenário do rock em geral, essa coisa conservadora, e “ Ninguém mais ouve ska” também nao deixa de ser uma crítica divertida, da um punhadão assim e ao mesmo tempo bem pesado sonoramente, é rápido, então é uma boa forma.
LB: Vimos o videoclipe com exclusividade da música “Meu Funeral”, que também leva o nome da banda. Qual foi o ponto chave para trazer essa canção com o mesmo nome de vocês?
Meu Funeral: Vou ser muito sincero, essa música nós íamos lançar em 2021, nós falamos: “Cara, lançar uma música chamada “Meu Funeral” enquanto está rolando a pandemia, será uma piada de mau gosto”. Então vamos segurar ela, e trabalharmos outras músicas. E agora sim, a gente fez toda a narrativa nos lançamentos de EPs de quarentena , que compôs durante, teve o Modo Fufu que já foi, as músicas já tinha, e aí a gente lançou “ Um Brinde ao Início do Fim” quando começou a abrir, é uma música que fala de celebrar, saudade de ir para rua, a canção de natal também “ Então é Natal” que encontramos todas as pessoas que participaram da música, vários amigos, ídolos, várias pessoas que a gente não conhecia pessoalmente, e agora “Meu Funeral”, que temos clima para curtir essa onda de falar do “Meu Funeral” nessa grande zoeira.
LB: Sabemos que todos os artistas tem uma faixa xodó do EP , qual seria e o por quê?
Meu Funeral: Acho que “Meu Funeral”, muito representativa e muito importante, foi que fez chegarmos até aqui, ela marca um momento muito bacana do início, que não tinha nem banda ainda, e foi o primeiro trabalho que o pessoal começou a prestar atenção, então temos um carinho mega especial, e agora queremos passar para um grande número de pessoas, é maravilhoso.
LB: Vimos que lançaram a música “Dançar” parceria com Tati Quebra Barraco. Como foi trazer um grande nome renomado do Funk para o Punk Rock? Pretendem fazer uma outra parceria que traz essa linguagem para o cenário fonográfico brasileiro?
Meu Funeral: Foi uma grande honra, a gente sempre gostou de ouvir Funk, e essa música especialmente falava de dança e diversão. Queríamos trazer alguém do gênero para ela, o primeiro nome que surgiu foi o da Tati, ela topou na hora e foi mágico.
LB: Pretendem lançar uma música com alguma parceria?
Meu Funeral: Olha, a gente não pensou em parceria ainda, mas estamos pensando (risos), estamos flertando aí, e conhecendo muita gente legal. Então não tem nada fechado assim , mas estamos com umas ideias, e nesse EP temos a participação de Letícia Pires da “Creche” na faixa “Ele Não Ama Você”.
LB: Quais são as inspirações de vocês?
Meu Funeral: O que nos une é o Punk Rock, então, Blink , Green Day. O Pedro Tent (baterista) é viciado em Barões da Pisadinha, Luquita (Voz, Guitarra e Ukulele) em Kevin O Chris, Pepe (Guitarra e Back Vocal) nos clássicos como The Beatles, o Dan (baixista) também ama Foo Fighters, mas vai para outros rolês também. É uma misturinha, mas o que nos une é o Punk Rock.
Ping Pong
LB: Um sonho?
Meu Funeral: Tocar no Primavera Sound
LB: Uma música de algum artista que os inspirem e marcou o início da banda?
Meu Funeral: Rato de Porão e Muqueca de Rato
LB: Um feat dos sonhos?
Meu Funeral: Pabllo Vittar
LB: Punk ou Rock?
Meu Funeral: Punk
LB: Defina seus fãs com uma palavra?
Meu Funeral: Amor
Estudante de jornalismo na Universidad Nacional de La Plata na Argentina. Amo uma câmera e me expressar nela. Tenho um sonho de conquistar o mundo com meu trabalho.