Quatro de maio, um dia que ficará marcado no coração de todos os que estiveram presentes no Espaço das Américas, em São Paulo, e que presenciaram o primeiro show – dos (quase) 20 anos – da carreira de Luis Fonsi no Brasil. A Love and Dance Tour em SP foi o melhor dos inícios que um artista do porte de Fonsi poderia ter.

Não fazendo falta uma grande estrutura de espetáculos, o porto-riquenho preencheu o palco com somente sua pessoa presente, pois de longe se via a boa energia que ele exalava e a felicidade que sentia. Felicidade essa que não foi sentida só por ele, mas por toda uma platéia, que estava bem mais cheia que qualquer amante da música latina atualmente pode imaginar.

Platéia (ou quase toda) essa que não foi em busca de ouvir uma e outra vez Despacito ou Échame La Culpa. Os presentes ali queriam mesmo era hits antigos e românticos, como Nada Es Para Siempre, Corazón En La Maleta ou Llueve Por Dentro, todos na ponta da língua.

Como também estava na ponta da língua de Ivete Sangalo a música de 2008 de Fonsi, No Me Doy Por Vencido. De arrepiar qualquer um! A brasileira que foi chamada de “rainha não só do Brasil, mas do mundo”, por Fonsi, entrou na 13ª canção do setlist e trouxe aquele toque brasileiro ao Espaço das Américas.

Ela também fez Luis Fonsi aprender Yo Te Vine Amar, música de Ivete que tinha sido divulgada horas antes, e que já estava na ponta da língua do cantor.

Falando de novo da platéia, ela foi a representação de que o público da música latina é gigante. Os fãs de carteirinha do porto-riquenho estavam sim presentes, mas outras muitas pessoas também estavam. Anônimos que só queriam ouvir e dançar Despacito, se apaixonaram por outras canções. Assim como Sylvia Design, Roberta Miranda, Kiko (KLB), Elieser Ambrosio (ex-BBB), e outras personalidades artísticas também.

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E a Love and Dance Tour no Brasil só mostrou (um pouquinho mais) que é sim possível abrir o mercado brasileiro pra música hispanohablante. Que tem público sim por aqui para esse estilo de música. Que a gente só quer mais artistas trazendo suas turnês para o único país da América Latina que não fala espanhol.

E que a gente não quer só ouvir os grandes hits, a gente quer ouvir o repertório completo. Que a gente não quer ouvir apenas reggaeton, a gente quer ouvir bachata, cumbia, rumba, pop latino, lambada, música urbana ou qualquer outro ritmo que exista ou que venha a existir ao vivo no Brasil.

Foto destaque: Jéssica Silva