“To chegando hein, que que isso hein”! Muito mais que um de seus maiores jargões, essa frase se tornou uma realidade para Biel, que está de volta ao cenário musical em grande estilo. Em uma celebração aos seus 10 anos de carreira, o cantor lançou uma regravação especial de “Pimenta”, single que marcou sua trajetória, e se prepara para disponibilizar as inéditas “Toma Gostosa, em 25 de julho, “Mozão”, em 8 de agosto, “Foguenta”, em 15 de agosto e o álbum completo, em 22 de agosto. Todas as canções chegam acompanhadas de videoclipes.

Depois de uma pausa estratégica para se dedicar à família e aos estudos, o artista afirma ter voltado com uma visão renovada e pronto para emplacar hits. Em entrevista exclusiva ao Latinos Brasil, o cantor compartilhou suas motivações e expectativas para esta nova fase.

“Foram 10 anos de carreira e tenho refletido bastante sobre isso. É uma década, não apenas 10 meses. Hoje, vivo minha vida artística com muita paixão. Me relaciono com pessoas das quais sempre fui fã e recebo reconhecimento por tudo que fiz pelo funk, de nomes que me introduziram no movimento. Esses 10 anos do Biel representam uma motivação extra e minha maior meta pessoal e profissional é voltar aos palcos”, diz.

(Créditos: Divulgação / João Victor Silveira)

Segundo o artista, a nova versão de “Pimenta” não apenas celebra essa década, mas também um ponto de virada em sua carreira. “Essa música é um divisor de águas na minha vida. Foi ela que me introduziu ao meio artístico. Antes disso, eu já tinha recebido vários nãos das maiores produtoras. ‘Pimenta’ permitiu que Gabriel, de Lorena, se tornasse o Gabriel que sou hoje. Então, ela representa o início de tudo, o que Biel se tornou e ainda vai se tornar”, expressa.

O novo álbum de Biel promete trazer a vibe do funk tamborzão e raiz. “Estou me inspirando muito no Kevin O Chris e no Livinho, que estão fazendo muito esses ritmos. Acho que o funk pode ser tudo, mas, acima de tudo, tem que ser autêntico”, afirma. Além disso, o artista revelou um spoiler: sua esposa, Tays Reis, terá uma participação especial no videoclipe de “Foguenta”. “Vocês não têm noção de como esse clipe está pegando fogo”, adianta.

Confira o papo completo!

Após uma pausa para focar na família e estudos, o que te motivou a voltar ao mercado musical neste momento?

Foram 10 anos de carreira e tenho refletido bastante sobre isso. É uma década, não apenas 10 meses. O amadurecimento e desenvolvimento artístico que tive ao longo do tempo me possibilitam neste momento ter relacionamentos com pessoas que já tentaram espaço e contato comigo anteriormente, mas minha vida foi muito corrida e como adolescente, eu dava importância para muitas coisas que talvez não devesse, muitas delas fúteis. 

Hoje, vivo minha vida artística com muita paixão. Me relaciono com pessoas das quais sempre fui fã e recebo reconhecimento por tudo que fiz pelo funk, de nomes que me introduziram no movimento, sabe? É algo de grande importância não só para minha vida pessoal e profissional, mas também para o gênero.

Esses 10 anos do Biel representam uma motivação extra, especialmente após o nascimento da minha filha. Agora que ela está quase entrando na escola, e a Tays também está se engajando mais no lado musical dela e voltando a fazer shows, foi o momento perfeito. E isso é o que eu amo fazer. O que mais sinto falta, do que não vivo hoje, são os palcos. Minha maior meta pessoal e profissional é voltar aos palcos.

Você passou três anos nos Estados Unidos estudando Music Business. Como essa experiência influenciou seu retorno e os novos lançamentos?

Eu não sabia que uma música tinha obra, tinha o fonograma, parte do digital e distribuição. Não sabia dividir os pilares da indústria musical, porque não tinha esse conhecimento. Quando comecei a fazer música, era só YouTube e o que desse de dinheiro ali era o que íamos ganhar, além dos shows. Então, nesse tempo pude ter conhecimento sobre a parte editorial. Aprendi tudo isso saindo do olho do furacão, do holofote e hoje aplico não apenas em minha carreira, mas também na carreira dos artistas do meu selo. Dou suporte do selo da Tays e passo todo o conhecimento possível para que não dependa de contratos que prendam os fonogramas e os catálogos dela, porque um artista sem catálogo não tem voz numa mesa com uma gravadora ou distribuidora. Passo esses valores para ela diariamente e é um compromisso que tenho por ser minha esposa e por querer o melhor para a carreira dela. Acredito que ter dado esse passo para trás me permitiu dar muitos passos para frente.

A regravação de “Pimenta” é um marco importante para você. Por que escolheu esta música para celebrar seu retorno e o que ela representa na sua trajetória?

“Pimenta” é um divisor de águas na minha vida. Foi a música que me introduziu ao meio artístico. Antes disso, eu já tinha recebido vários nãos das maiores produtoras. Eu ainda era um artista despreparado, que precisava amadurecer. Tinha apenas um materialzinho, cantando nas casas noturnas dos amigos do meu pai, que sempre trabalhou com eventos noturnos, mas só recebi não.

Quando escrevi “Pimenta”, aos 18 anos, já tinha uma boa presença na internet, e acabei assinando um contrato que dava 90% do digital para a gravadora, sem perceber que iria explodir e que a música iria migrar para o streaming. E foi o que aconteceu. Essa música permitiu que Gabriel, de Lorena, se tornasse o Gabriel que sou hoje. Mais como pessoa do que como profissional, porque o trabalho artístico afeta diretamente a vida pessoal. Hoje, aos 28 anos, tenho uma cabeça que me permite fazer coisas que meus amigos da mesma idade não fazem. Consigo proteger minha mulher, que também é artista, dos perigos, das armadilhas e dos contratos da indústria fonográfica. Consigo sentar com ídolos mais velhos, que me respeitam e consideram pelo que já aprendi e pelo que já sei, pelos dez anos que dediquei a isso.

Então, “Pimenta” representa o início de tudo o que Biel se tornou e ainda vai se tornar. Foi a música que despertou o interesse da Pocah por mim, e foi a partir desse contato que ela me apresentou ao mundo. Ela financiou a gravação do meu primeiro videoclipe, que foi “Tô Tirando Onda”, e depois me apresentou ao DJ Batata, disse que confiava nele e me deixou seguir em frente. Foi então que “Pimenta” e “Tô Tirando Onda” explodiram e o DJ Batata veio com “Boquinha”, numa produção mais pop, mas sem tirar a essência do funk. Esses trabalhos me levaram para a Globo e foi surreal. Agora é “Pimenta” vem para marcar esses dez anos de carreira.

Você pode nos dar uma prévia do que está por vir no seu álbum completo que será lançado em 22 de agosto?

Vamos lançar um single com videoclipe a cada duas semanas. Acabamos de lançar “Pimenta”, e daqui a duas semanas lançaremos “Toma Gostosa”. A terceira será “Mozão” e a quarta, “Foguenta”. São quatro lançamentos, e não é um especial de 10 anos só por causa de “Pimenta”. Todas as músicas trazem a vibe do funk de 2014, 2013, 2012, aquele funk mais tamborzão e raiz. Estou me inspirando muito no Kevin O Chris e no Livinho, que estão fazendo muito esses ritmos. Acho que o funk é isso. Em determinado momento, o funk foi confundido com algo mais pop, mais melody. O funk pode ser isso tudo, mas, acima de tudo, ele tem que ser autêntico.

E, pra dar um pequeno spoiler, vai rolar uma participação especialíssima nesse projeto. A Tays vai atuar no videoclipe de “Foguenta” e vocês não têm noção de como esse clipe está pegando fogo.