Os próximos meses serão de celebração para os fãs de uma das maiores bandas de rock do Brasil.

O projeto “Capital Inicial 4.0” é uma comemoração da história e legado do grupo, com foco no futuro e na conexão cada vez mais forte com o público. Desdobrando-se em três frentes: álbum, DVD e uma turnê com os grandes hits de todas as gerações.

Inaugurando o projeto, no primeiro dia de Julho, “Amor em Vão” é a primeira canção autoral da banda em quatro anos ao lado de Samuel Rosa.

Além da música, a banda promete lançar um videoclipe que terá a participação da Orquestra Sinfônica de Heliópolis (São Paulo).

A música Natasha, com Marina Sena, chega dia 22 de julho às plataformas digitais e Passageiro, com participação de Pitty, dia 12 de agosto.

O álbum/DVD foi gravado na Cidade das Artes no Rio de Janeiro, tendo12 faixas (Lançamento no dia 26 de agosto) com sucessos renovados com arranjos diferenciados e participações especiais dos renomados Carlinhos Brown, Samuel Rosa e Pitty, na nova geração da MPB: Marina Sena, Vitor Kley e Ana Gabriela.

Vale lembrar que também terá (Em novembro) a versão Deluxe com 5 faixas extras.

Com uma produção musical de Dudu Marote, direção artística de Batman Zavareze e projeto de iluminação de Cesio Lima, a turnê Capital Inicial 4.0 estreia no dia 9 de setembro no Palco Mundo do Rock In Rio 2022, passando por 20 cidades do Brasil, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, Belo Horizonte, Brasília, Salvador e Recife.

O Dinho do Capital Inicial conversou exclusivamente com o Latinos Brasil:

  1. Capital Inicial já carrega décadas de histórias, atingindo diferentes gerações e em cada uma dessas fases, acredito que a banda foi evoluindo e se adaptando aos cenários. O que não mudou desde o inicio da banda até os dias atuais?

Dinho: Nossa! Em um espaço de 40 anos, houve muita mudança na estrutura dos palcos, que não eram tão elaborados, como sistemas de luzes eram todos meio capengas e improvisados e hoje conseguimos levar o mesmo show de qualidade tanto em um espaço maior, como menor.

               A grande transformação é ver o legado do rock fazendo parte da MPB!

No quesito de gênero musical, nós não inventamos o rock brasileiro, já existiam outras gerações como na Jovem Guarda de “Raul Seixas, Os Mutantes e a Rita Lee” que precederam a abertura de um ritmo que era mais fechado em guetos.

Com a nossa geração, vimos um crescimento exponencial e o Capital é a prova viva que existe um legado de ter popularizado esse ritmo pelos quatro cantos.

Não só a nossa banda, como também Legião Urbana, Titãs, Barão Vermelho e tantos outros que fizeram com que não se pode falar de música popular brasileira, sem nos citar porque somos conhecidos por todas as regiões do Brasil.

A maior prova disso é quando estamos em turnê e percebemos que por onde vamos, as pessoas conhecem o nosso trabalho.

2.Nos últimos anos, o mercado da música mudou muito, principalmente com os streamings.Houve alguma dificuldade da banda em se adaptar na maneira de se comunicar com o público ou foi muito natural?

Dinho: Nós passamos por todas as tecnologias, primeiro foi vinil, depois o CD, “download” e atualmente plataformas de streaming e redes sociais.

       Gostando ou não, a música vai se adaptando conforme a tecnologia!

Nos anos 60, quando tínhamos os compactos, as músicas eram mais curtas e isso ajuda a entender melhor a época dos Beatles e Rolling Stones.

Eu tenho a impressão que atualmente nessa era de “streams”, a atenção das pessoas diminuiu, assim sendo, elas não tem a mesma paciência de escutar músicas longas, nem com grandes introduções e já querem ir logo para o refrão.

O vídeo no Tiktok ou no Instagram é um tempo minúsculo e que os artistas agora estão compondo canções que caibam nesse formato, o Capital Inicial ainda não chegou a esse extremo, mas sabemos que muitos já produzem pensando nas mídias sociais.

Eu, Dinho, ainda sou “Old School” e gosto de escutar um disco do começo ao fim, mas sei que a música está passando por uma transformação por conta das tecnologias.

3. Agora falando da fase atual da banda: Pode nos contar um pouco do que os fãs podem esperar das novidades que estão por vir?

Dinho: Entre esse mês de Julho e Agosto temos muitas parcerias e até o final do ano todas elas já estarão lançadas para todos escutarem desse novo álbum.

E pela primeira vez, só vamos fazer vinte shows que serão anunciadas em breve.

4. Sabemos que tem ótimas músicas que vocês vão lançar e com muitas parcerias, como foi trabalhar com eles? 

Dinho: Tem alguns veteranos entre os convidados, como o Carlinhos Brown, Pitty e o Samuel Rosa que foi o primeiro a ser convidado e já topou na hora.

Os outros artistas mais novos como a Marina Sena e Ana Gabriela, eu ainda não conhecia e já tinha encontrado com o Vitor Kley no avião quando ele estava indo para a premiação do Grammy Latino, conversamos rapidamente e fiz um convite de um dia fazermos algo juntos.

Meses depois, eu ligo para o Vitor e ele aceitou na hora, ficando super emocionado e todas as vezes que me encontra agrade muito pela oportunidade, acho demais.

Quando ligamos para a Marina Sena, ela disse que era a própria Natasha, explicando que era tratada como um “E.T” e era super julgada como louca em sua própria cidade de Minas Gerais.

Já com a Ana Gabriela, ela nos disse que escutava a nossa música desde pequena com a mãe dela, ou seja, com todos os convidados há um envolvimento pessoal e emocional, as parcerias não são por acaso.

Eles já tinham um elo profundo com a nossa arte e o público vai perceber essa naturalidade no resultado final e fico emocionado com a entrega dos artistas convidados, mesmo o Dudu (produtor) fazendo eles repetirem a gravação muitas vezes.

5. Todo artista busca transmitir uma mensagem através da sua arte, qual você diria que seria a do Capital Inicial nesse momento?

Dinho: A mensagem é de não se deixar por satisfeito com o que já se tem e sempre ir buscar o novo.

“Acredite em você e olhe para o futuro”

Na história do Capital, sempre buscamos em não parar e sempre estar de olho no próximo projeto, superando o anterior.

Não esperava que a banda fosse chegar até aqui, celebrando 40 anos e já dando rumo aos 50! Esse sucesso representa que nós podemos ir mais longe do que pensamos.

6.Pra encerrar, você poderia mandar uma mensagem para todos os fãs de Capital Inicial?

Dinho: Primeiramente, pra quem ainda não conhece, o Capital tem todos os tipos de discos, com faixas mais leves, outras pesadas e tenho certeza que vocês vão se reconhecer em algumas de nossas músicas que também falam do cotidiano e realidade do Brasil.

Agora para o nosso público, queria dizer que vocês são os melhores fãs do mundo! Os mais leais e apaixonados, somos privilegiados e gratos por todo apoio durante esses anos todos.

Só chegamos onde estamos por conta de vocês, mil vezes obrigado!