Alva retrata muito a força e a sensibilidade nesse EP, onde também trouxe à tona assuntos do universo feminino como alto aceitação, relacionamento abusivo, alguns desses temas já marcam seu novo EP, Com seis faixas, o projeto apresenta as inéditas “All This Drama”, parceria com Luccas Carlos, e “Muito Esperto”, além das já lançadas “Meu Bem”, “Honestamente”, “Como Vai Ser” e “Amor que Chora”.

Em um Bate papo com a Latinos Brasil, alva contou detalhes sobre o seu novo EP.

Confira a entrevista completa:

LB: Você fala que é muito difícil sair de um relacionamento abusivo e sabemos que é uma realidade que todas mulheres já passaram, qual a ligação entre esse tema e seu novo EP?

Alva: Então esse novo EP, ele fala muito da visão da sua narrativa consigo mesmo, dentro dos relacionamentos e dentro da sua própria visão de mundo, da nossa, a gente é uma sociedade, e não só isso, como monte de humano juntos dentro de um mundo que teoricamente a gente governa. É um EP que fala dessa narrativa consigo mesmo é uma transição dessa tentativa de consciência dentro de um lugar mais leve de comunicação, tanto na parte física, quanto da parte da mulher, quanto na parte do amor, o nome do EP “De onde eu vim o amor não acaba” sugeri que a gente consiga ver o relacionamento em outro lugar de onde a gente ver o amor, onde o amor é algo que não acaba, então assim existem lugares em relações, onde o amor cresce mais á distância, e de longe tem uma compreensão de quando estávamos perto existia coisas desnecessárias. É um EP que mostra que todos somos tóxicos em algum momento.

LB: De onde surgiu a idéia e a inspiração para da início a esse projeto ?

Alva: O nome desse EP, me surgiu em uma entrevista que fiz com Danilo Gentili, onde ele pergunta que no meu disco anterior eu falo muito sobre relacionamentos, meu disco anterior é muito coração partido, e ele me perguntou que eu deveria ter alguém que não esqueço, e automaticamente respondi, eu nunca esqueci nenhum amor, então eu acho que esse trabalho, primeiro vem de um lugar de busca por libertação em todos aspectos.

LB: Alva, sabemos que esse ano foi muito difícil para todos, como você lidou com a quarentena e o que lhe fez não desisti ?

Alva: Eu passei por muitos espelhos dentro das minhas relações, eu sou uma pessoa que acredita que o universo é perfeito, então tudo que aconteceu comigo nessa quarentena me fez visualizar muitas coisas que me fazem hoje ser uma mulher melhor e até meu parceiro sabe, então esse lugar, é um lugar que a gente culpa muito e vitimibiliza muito os homens e eles tem culpa mesmo, eles tem que refletir e expandir a consciência em muitos aspectos, onde estão atrasados, mais também é um lugar onde eles foram educados, e podemos ver que o machismo é estrutural, o patriarcado, a cultura do estupro, a cultura da violência é tudo estrutural a geração antiga cresceu ouvindo “você é uma mulherzinha” uma criança já cresce olhando a mulher diminuída, então eu acho que temos um trabalho a ser feito gigantesco. E esse trabalho começa em casa, onde reconhecemos que somos todos machistas, racistas e atrasados em vários aspectos, temos que nos olhar e falar “o que aqui dentro precisa ser modificado.”

LB: Você tem alguma mensagem que queira deixar para todo mundo?

Alva: coragem, oque precisamos agora é ter um momento social de muita coragem e principalmente leveza, diálogo, porque a gente vai precisar evoluir, no momento que a gente se olha com leveza e profundidade, você consegue olhar o outro da mesma forma.

Nesta terça feira, (15) Alva lança as 00:00 seu EP “De Onde Eu Vim o Amor Não Acaba” em todas plataformas digitais e lança seu clipe de ALL THIS DRAMA, parceria com Luccas Carlos, já disponível no YouTube.