Alfonso Herrera apoia a igualdade de gêneros e é embaixador da ONU
Que Alfonso Herrera está na melhor etapa de sua carreira, isso ninguém tem dúvidas. Atuando em séries, filmes e, muito em breve, na peça de teatro La Sociedad de los Poetas Muertos, o mexicano agora é embaixador da ONU Mujeres, do México.
Herrera apoia a campanha da HeForShe, ONU Mujeres e do Grupo Danone, que repudia a discriminação que as mulheres sofrem. Apesar de não tocar no assunto do assédio diretamente, que também está presente na mídia mexicana, o ex-RBD disse que os políticos e empresários têm que abordar o tema com respeito. “Temos que abandonar condutas abusivas e lascivas. Tem que ter consciência entre nossas irmãs, amigas, filhas, mães e todas mulheres em cada canto do mundo, de que elas têm que exercer seus direitos sexuais de uma maneira livre e informada“, destacou.
Após o evento, Alfonso publicou um texto forte e bem opinativo em suas redes sociais sobre o assunto. “Por que educamos nossas filhas para serem princesas e não guerreiras, quando podem ser ambas as coisas, ou atletas, ou engenheiras, ou governantes, ou o que escolham ser? Por que não estamos fazendo nada para impedir que mais feminicídios sigam acontecendo?“, foram umas das questões apontadas no texto compartilhado nesta quinta-feira (22).
Com a frase “senhores, o feminismo não é só uma luta de gênero, é uma luta de direitos humanos. Por isso, os homens também estamos obrigados a conseguir esse empoderamento da mulher“, ele finaliza o texto de uma forma justa e mostrando algo que não somente os atores, as personalidades públicas deveriam falar e – principalmente – exercer em seu dia a dia, mas todos os homens do planeta, para acabar com algo que ainda é muito presente e real para todas nós mulheres, mesmo com toda a divulgação da mídia.
Além da ONU, do Grupo Danone e da HeForShe, a Água Bonafont também está apoiando a campanha, que terá uma corrida em pró da causa no dia 11 de março na Cidade do México, Puebla, Monterrey e Guadalaraja. Serão mais de 70 mil mulheres correndo pela igualdade entre homens e mulheres, e por cada KM percorrido por cada uma das participantes, Bonafont investirá $1.00 peso (moeda local) no movimento.
Além disso, também ajudarão as comunidades afetadas pelos terremotos ocorridos em setembro de 2017 na Cidade do México e Oaxaca, tudo através do negócios das mulheres empreendedoras do loca. O Grupo Danone, por sua parte, garantiu focar em que as mulheres que trabalham para a empresa tenham as mesmas oportunidades profissionais que os homens.
“Dado que a igualdade de oportunidade é responsabilidade de todos e de todas, gosto de saber que marcas como Bonafont, estão se envolvendo para criar consciência sobre este problema, e que tem ações concretas, tanto a nível interno como com a comunidade, tudo para modificar essa situação”, comentou Alfonso Herrera.
Leia a publicação de Alfonso na integra:
Minha mãe me ensinou que uma mulher é capaz de conseguir o que se propõe, mas também me ensinou que terá mais trabalho que um homem, pelo simples fato de ser mulher. Minha mãe, como sempre, tinha razão. Homens e mulheres não somos iguais, porque sistematicamente temos permitido que a desigualdade se instale e se estenda na nossa sociedade. Se alguém acredita no contrário, então, se pergunte: por que não estamos falando da legislação islandesa que castiga a diferença salarial? Ainda melhor, por que não estamos nos legislando com base nisso? Por que não falamos dos direitos reprodutivos da mulher e da liberdade que devem ter para decidir sobre seu corpo? Ou, por que em muitos estados desse país, no lugar de avançar nesse tema, nos últimos anos, tem piorado mais? Por que não deixamos de sexualizar a linguagem? Por que educamos nossas filhas para ser princesas e não guerreiras, quando podem ser ambas coisas, ou atletas, ou engenheiras, ou governantes, ou o que escolham ser? Por que não estamos fazendo nada para impedir que mais feminicídios sigam acontecendo? Por que temos permitido que se instalem no nosso cotidiano o assédio, a hostilidade ou o abuso sexual? E que digo que o que temos permitido porque, como sociedade, todos somos corresponsáveis disso. Se existe algo do que hoje temos certeza é que nem a misoginia nem o machismo, nem a desigualdade constroem um sociedade melhor. Ser justos sim constrói melhores sociedades, e ser justos seria garantir que os homens e mulheres tenham os mesmos direitos e oportunidades, os mesmos salários pelos mesmos trabalhos, as mesmos possibilidades de estudar, de trabalhar, de decidir, de governar, de legislar. Ambos teríamos que ser arquitetos do nosso mundo. Senhores, o feminismo não é só uma luta de gênero, é uma luta de direitos humanos. Por isso, os homens também estamos obrigados a conseguir esse empoderamento da mulher.”
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Jornalista, fã da cultura latina e da loucura que é viver em SP e não troca isso por nada, pois já vive trocando o português pelo espanhol diariamente.