Que Abraham Mateo é um sucesso dentro e fora da Espanha, a gente já sabe, né? Fomos acompanhando seu crescimento musical desde “Señorita” para “Loco Enamorado”, que foram “eras” distintas para o cantor.

Na entrevista, se fala de tudo isso. Que quando lançou o primeiro álbum aos 10 anos – ainda – se vendiam discos físicos, cantando um estilo totalmente diferente ao o que faz hoje. Comenta que segue com a música romântica e as baladas, mas com um toque mais latino, sem esquecer suas raízes espanholas.

Em um momento é falado sobre um assunto importante na indústria… que muitas vezes o estilo reggaetón é acusado de ser machista – pelas letras -, e em suas letras, o cantor espanhol se coloca no lugar do “perdedor”, o que sofre e sente saudades.

“E é verdade. E sabe o motivo? Porque eu gosto de letras que tenham histórias e as melodias digam algo. Afinal, o que faço não deixa de ser uma música pop. Com influências latinas e do reggaetón. Mas esse que é o novo pop. E esse é o espacinho que encontrei. Porque há muito reggaetón, mas reggaetón com sentimento, muito pouco.” 

Por ser romântico, lembra que na época do colégio os alunos deixavam as cadeiras em cima da mesa, e Abraham escrevia uma cartinha para a menina que gostava e a deixava na mesa. Para que no dia seguinte, quando a menina abaixasse a cadeira, encontrar o recado. Imagina receber um recadinho do Abraham pela manhã?!

E agora chegamos no tópico que é o título da matéria… é perguntado sobre a música “Sigo a lo mío”, que o cantor lançou ano passado. Que “vomitou” tudo que os haters falaram “Me quisieron noquear y yo sigo a lo mío / Y a pesar de tanta mierda ya lo he ‘conseguío.”

“Tirei três quilos de cima. Desde que cantei “Señorita” aos 13 anos, levava nas costas um cyberbylling muito forte. Lancei aquela canção com toda a boa intenção. Estava vivendo meu sonho, que era a música. E, de repente, de uma forma inesperada, chega todo aquele ódio e ira nas redes sociais. Entendo que era o começo – das redes -. Tudo era muito novo, tudo estava começando. Hoje em dia, tudo isso tem punição. Ninguém pode se meter com um menino de 13 anos como fizeram comigo. Mas fui eu quem vivi e sofri. Por sorte, tive minha família e amigos que me colocaram em uma “bolha” e aprendi a transformar toda a má energia em algo criativo e positivo, que me motivasse mais ainda.”, confessa Abraham.

Ainda comenta que acha que sua família sofreu mais que ele nesse momento. Sua mãe é a chave de tudo que é. Sempre o acompanhou nas viagens, o ajudou a ter os pés no chão e não ir para outros caminhos. “Tomara que eu possa dar aos meus filhos a metade da boa educação que me deram meus pais.”  Um fofo né, gente??

Sobre ter ficado com um “espinho preso” nele, o cantor espanhol fala que sim, pois mesmo não querendo ver as coisas ruins, tu sabe que elas estão ali. E fala com alegria sobre o feedback da canção, dizendo que muita gente o agradeceu, pois já passaram ou estão passando por uma situação parecida e Abraham, com a música passou uma mensagem de força e motivação para superar os medos e o bullying.

“Para mim, não pode ter felicidade maior que essa, o poder de ajudar através da música outras pessoas. Esse é um dos maiores presentes que a vida me deu.”

Ao ser perguntado sobre o bullying no mundo da música Abraham fala que hoje, não vê. Que obviamente terão comentários negativos, independente do que faz/fará. “É algo normal, que qualquer artista pode ter.” 

Acha que tudo isso acabou quando artistas como JLO, 50 Cent, Yandel e CNCO começaram a confiar nele, pois deu credibilidade e com esse apoio, o público o enxergasse com outros olhos e lhe desse a oportunidade de demonstrar o que Abraham poderia fazer e a evolução que o cantor teve com os anos. Não apenas fisicamente, mas musicalmente.

O que tem no Abraham de hoje, daquele menino de “Señorita”? Sua essência. O coração sempre é o mesmo, quem o conhece sabe.