Em meio a dança intensa e sensual, e celebração da cultura brasileira, Anitta apresentou a Baile Funk Experience no Brooklyn Paramount, em Nova York, no último domingo (2). Foi o primeiro de dois shows consecutivos da girl from Rio lotando o espaço de estilo medieval. Produzida pela LiveNation, a Baile Funk Experience inclui paradas na América Latina, Estados Unidos e Europa mas ainda não possui datas para o país de origem da cantora.

A turnê de 20 datas é de divulgação do último álbum de Anitta, Funk Generation, que destaca o funk de favela que influenciou sua carreira. Após iniciar seu show às 20h30, Anitta relembrou seus maiores sucessos ao longo de quase duas horas, incluindo “Funk Rave”, “Envolver”, “Vai Malandra”, “Bellakeo”, “Downtown”, “Girl From Rio” e muito mais.

“Estou tão feliz. Estou muito grata por estar aqui, mostrando o funk brasileiro para o mundo”, disse ela em inglês antes de agradecer aos fãs em português e depois em espanhol. “Quero saber quem já ouviu meu novo álbum, Funk Generation?” Ela estava usando um arnês preto, um sutiã de pelúcia rosa por cima de um top curto e seus longos cabelos cor de cobre soltos.

O título do álbum é especialmente apropriado, já que Anitta se tornou a mais proeminente estrela brasileira do crossover de sua geração. O concerto em Nova York atraiu um público muito diversificado, refletindo o tecido multicultural da cidade. Os participantes abrangeram várias gerações de brasileiros e latinos, juntamente com uma ampla gama de outras culturas. A presença da comunidade LGBTQA+ foi inconfundível, somando-se à grande energia da multidão, que também incluiu numerosos torcedores ostentando equipamentos de arrastão.

A cantora de 31 anos está atualmente na metade de sua turnê internacional. Após sua apresentação em Nova York, ele deverá entreter públicos em Bogotá, Lima, Santiago do Chile e Buenos Aires. Após completar sua turnê pela América Latina, ele viajará à Europa para nove shows em diversos países. 

Separamos os cinco melhores momentos da primeira noite do Baile Funk Experience, no Paramount no Brooklyn, segundo os presentes no show:

Casa, casa, casa!

Não se chama baile funk só por fazer. O núcleo do concerto girou em torno da celebração do movimento. Das batalhas de dança de rua à capoeira, samba, voguing e perreo, cada número destacava o papel central que a dança desempenhava, entrelaçando-se com a música – e às vezes até ofuscando-a. A coreografia de Anitta e sua equipe foi impecável em todos os momentos, e às vezes elas dançavam na ponta dos pés em uma cerca, parecida com a que aparece no vídeo de “Double Team”.

Houve também um momento em que Anitta incitou a multidão a abrir uma roda entre o público durante ‘Lose Ya Breath‘ e fez o lugar pegar fogo com tamanha excitação!

Uma jornada sexual positiva

Anitta ultrapassou os limites com uma exibição destemida de sexualidade, envolvendo o público com movimentos de dança provocantes e imagens BDSM explícitas nas telas. Muitos dos participantes e artistas no palco também usavam arneses, meia arrastão e tangas. A certa altura, a performance incluiu momentos de simulações de risco e cânticos fortalecedores que reforçaram o tema sexo positivo. “ Eu quero, você quer, você quer me f*der forte ”, gritou a superstar enquanto cantava sua música “Savage Funk”.

Anitta, uma cinéfila

O apreço de Anitta pelo cinema ficou evidente nos visuais dos shows, que não apenas mostraram sua performance, mas a aprimoraram. Dos temas BDSM ocasionais às paisagens exuberantes do Brasil – suas praias, corpos, favelas e a icônica estátua do Cristo Redentor – cada cena pintou um pedaço de sua terra natal. Além disso, as imagens projetadas entrelaçaram elementos do Candomblé, religião afro-brasileira que combina influências iorubá, bantu e fon com o catolicismo, infundindo em sua performance poderosos símbolos e histórias culturais.

Uma vitrine cultural

Integrando uma infinidade de elementos culturais brasileiros, desde sons do techno brega até visuais tribais amazônicos e bossa nova, Anitta apresentou um showcase que trouxe o espírito do Brasil para Nova York. Este elemento do concerto serviu não apenas como entretenimento, mas também como uma ponte cultural, partilhando a herança vibrante da sua terra natal com um público tremendamente diversificado e internacional.

Comunidade e Autonomia

Ao integrar temas LGBTQA+ e fluidez de género, o concerto foi mais do que uma simples performance musical: foi uma demonstração de autonomia e inclusão. Anitta dividiu os holofotes com seu grupo diversificado, criando uma atmosfera comunitária que celebrava a diversidade em todas as suas formas.

Matéria traduzida de Billboard Español​